A mudança para a economia de serviços, inclui o desenvolvimento de hábitos de consumo com flexibilidade estratégica:
Há uma grande mudança na sociedade. Cada vez mais, boas experiências se tornam mais interessantes às pessoas em comparação à posse ou aquisição de bens materiais.
Os jovens de hoje, por exemplo, já não sofrem da mesma ansiedade por adquirir um carro (ou até mesmo por aprender a dirigir) que os jovens do passado. Para eles, há alternativas de mobilidade mais interessantes, como o Uber ou os patinetes e bicicletas espalhados pela cidade.
Em algumas áreas, como a imobiliária, o estilo de vida inclinado aos aluguéis só faz crescer – não à toa- a Quinto Andar, startup que transformou os paradigmas da locação de imóveis, e é neste momento uma das companhias brasileiras mais cotadas a se tornar um novo unicórnio.
A locação satisfaz aqueles que, hoje, se mudam com mais frequência e preferem a flexibilidade. A casa e o carro próprios não estão, mais, no topo da lista de prioridades para as novas gerações.
Essa tendência afeta, também, o mundo corporativo. As companhias, gradualmente, evitam imobilizar seus meios financeiros. Por que possuir um ativo que não é – ou, não é mais – estratégico ao negócio?
Mais exemplos? Algumas companhias preferem a locação de computadores, ao invés da aquisição. Outras, alugar as instalações nas quais operam, ao invés de possuí-las. Hospitais deixam de adquirir aparelhos, como os de Raio-X, para contratá-los em comodato e acompanhados de um recheado pacote de serviços.
Setores em transformação precisam aprender a converter seus produtos em serviços. É esse, sem dúvida, um de seus maiores desafios. Ao invés de vendas pontuais, suportar seus próprios produtos em regime 24×7 e manter contato próximo e constante com seus clientes. Isso, claro, requer o desenvolvimento de novas capacidades.
Há, no entanto, um lado brilhante: as companhias que percorrerem essa transformação poderão construir fluxos de receita mais estáveis e melhorar a retenção de clientes com mais facilidade em modelos de negócios mais orientados a serviços.
Como as empresas podem transformar bens em serviços?
Duas tecnologias ajudam, de fato, a transição para a nova Economia de Serviços – a Internet das Coisas (IoT) e a Mineração de Processos (Process Mining).
Os automóveis, hoje, já podem ser equipados com sensores conectados à nuvem para entregar eventos em tempo real a um centro de operação de serviços – tudo a baixos custos. Esse fluxo de eventos alimenta uma plataforma de Process Mining que, então, apoia no mapeamento do ciclo de vida dos veículos, bem como a jornada de cliente de seus usuários. Dessa forma, há um ganho de visibilidade sobre toda a operação, em uma perspectiva de processo.
Hoje, companhias combinam essas duas tecnologias para compreender melhor os contextos e as necessidades de seus clientes, o que geralmente resulta em novas ofertas e novas fontes de receita.
Diante de uma mudança inevitável, a meta agora é aproveitá-la para fazer mais dinheiro e melhorar a experiência dos clientes.
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