O termo Phygital começa a desafiar as empresas a integrar o mundo físico e o mundo digital por meio de uma experiência fluida para os clientes.
A pandemia e a mudança súbita de profissionais dos mais diversos setores para o trabalho remoto contribuiu para que se começasse a falar sobre um “Novo Normal”. Confesso que quando ouvi esse termo no contexto da pandemia, isso me soou estranho.
Eu já havia tido contato com um “Novo Normal” quase uma década antes. Em 2011, James Euchner publicou um artigo intitulado “Inovação no ‘Novo Normal”. Esse novo normal representava o novo ambiente de negócios, caracterizado por escassez de recursos, rápidas mudanças tecnológicas, redução no ciclo de vida dos produtos e intensa competição global. O novo normal representava também um novo normal para a inovação.
Diversas tecnologias habilitadoras começavam a se difundir (big data, analytics, IoT, blockchain, realidade virtual e aumentada, impressão 3D, conectividade, inteligência artificial, robótica) e novos modelos de negócios surgiam. Em 2012, Saul J. Berman escreveu sobre como as novas tecnologias digitais abriam oportunidades para novos modelos de negócios.
As empresas que apresentavam um plano coeso integrando componentes digitais e físicos nas operações eram capazes de transformar com sucesso seus modelos de negócios. Fast-forward para 2021 no Brasil e o termo Phygital começa a se tornar mainstream, desafiando as empresas a integrar o mundo físico e o mundo digital por meio de uma experiência fluida para os clientes.
Mas como voar no Phygital se ainda estou caminhando no digital?
Para conseguir chegar nesse ponto é necessário aliar insights de sistemas de informações, marketing, gestão estratégica, inovação e gestão de operações para conseguir planejar ações amplas para responder às tecnologias digitais e às mudanças no comportamento dos consumidores e implementar mudanças digitais na organização.
E antes de voar na transformação digital criando novos modelos de negócios, é necessário trilhar etapas mais incrementais que focam na digitização das informações e processos da empresa e na digitalização do negócio, ou seja, transformar aquilo que ainda está analógico em digital e utilizar esses dados e essa inteligência para modificar os processos da empresa, seja melhorando a eficiência dos processos, reduzindo arestas e fricções, ou criando novos canais digitais com clientes, fornecedores e parceiros.
A maior parte das empresas não parte do zero nessa jornada. Elas já contam com sistemas de informações gerenciais, sistemas de relacionamento com clientes, sistemas de gestão da força de trabalho, entre muitos outros. Em alguns casos, os processos de negócios contam com etapas suportadas por sistemas de informação e também por etapas manuais.
Muitos desses processos são desenhados pela empresa e implementados nos diferentes sistemas, mas ao longo do tempo vão sendo modificados, estendidos e o desenho inicial deixa de refletir a realidade dos fatos. Na hora de pensar em como digitalizar o negócio é necessário entender o que existe, para então idealizar o que pode ser melhorado, automatizado e transformado. Mas como saber o que está realmente acontecendo nesses múltiplos sistemas? É nessa hora que a beleza da mineração de processos mostra a sua primeira face.
Mineração de processos une a tradicional análise de processos e a análise baseada em dados, utilizando mineração de dados, aprendizado de máquina e inteligência de negócios. A partir de logs de eventos gerados pelos sistemas de informação utilizados pela empresa para implementar digitalmente seus processos, a aplicação das técnicas de mineração de processos permite identificar as atividades que estão sendo realizadas, as interações entre as atividades e o tempo gasto, descobrindo como o processo é realmente executado.
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Esse mapeamento descobre o processo a partir dos dados, e permite a identificação de gargalos, de retrabalhos, de transições inesperadas, e até mesmo de interrupções indesejadas no processo. Segundo o relatório Deloitte Global Process Mining Survey, a aplicação da mineração de processos dá transparência aos processos da empresa, possibilita a identificação de pontos potencias de automação e permite monitorar os processos, abrindo espaço para a implementação de melhorias, a redução de custos operacionais e a verificação de conformidade dos processos reduzindo riscos para a organização.
A situação de isolamento social que vivemos desde o início de 2020 fez com que várias empresas se lançassem ao digital de maneira acelerada. Essa abertura para o novo foi essencial para garantir a sobrevivência da empresa no “Novo Normal”, mas também é importante respirar e refletir sobre o que foi feito, analisando e identificando pontos de melhoria de modo a construir uma base digital sólida para suportar a continuidade do crescimento e habilitar a empresa a integrar o mundo digital ao mundo físico.
Uma das formas de se fazer isto com base em dados, e não em intuição, é por meio da mineração de processos, daí a expectativa de difusão acelerada dessa nova tecnologia nos próximos anos.
Nós, na Everflow, acreditamos que a mineração de processos será uma tecnologia fundamental para suportar a excelência operacional em um mundo phygital. Se você quer conhecer essa tecnologia e entender como ela pode contribuir para o seu negócio, entre em contato através do formulário abaixo e agende uma demonstração.