A EY Corporate Reporting Survey 2021 explorou como CFOs e líderes financeiros seniores podem ajudar a entregar um novo futuro de relatórios corporativos que forneçam às partes interessadas uma visão confiável e transparente sobre o desempenho financeiro e ambiental, social e de governança (ESG).
Foi realizada uma pesquisa com mais de mil CFOs, controllers e líderes financeiros de grandes empresas espalhadas pelo mundo, com participação significativa do Brasil.
Neste estudo foram examinados os importantes desafios que CFOs e líderes financeiros podem enfrentar para fornecer um futuro de relatórios aprimorados: definir o papel que eles e as suas equipes desempenham nos relatórios ESG, concentrando esforços em divulgação de materiais e colaborando com os seus colegas C-suite. Ao mesmo tempo, os relatórios corporativos também podem envolver uma transformação fundamental nas equipes de finanças: repensar as formas de trabalho e redefinir as habilidades, além de desenvolver capacidades analíticas e cognitivas, com a utilização de soluções tecnológicas de Advanced Analytics e Inteligência Artificial.
O estudo identificou dois temas importantes:
- Há uma exigência cada vez mais urgente para os CFOs e líderes financeiros alinharem os relatórios ESG com os relatórios financeiros e fecharem a desconexão com investidores e outros stakeholders nas divulgações ESG. A pesquisa minuciosa do desempenho ESG acelerou significativamente, mas há uma lacuna entre investidores e empresas sobre o quão útil e material é o relatório atual do ESG, com as empresas também subestimando o desejo dos investidores de comparabilidade a partir de padrões consistentes. Os CFOs e líderes financeiros devem definir o papel que eles e suas equipes podem desempenhar nos relatórios ESG e focar os relatórios nas divulgações materiais.
- A criação de relatórios aprimorados pode exigir que os CFOs e os líderes financeiros façam mudanças significativas nas abordagens de pessoas e liderança, bem como recursos avançados de análise e forecasting. CFOs e controladores financeiros com visão de futuro devem colaborar e construir relacionamentos eficazes com o C-suite e stakeholders externas para ajudar a impulsionar uma abordagem mais coesa. Eles também devem criar o recurso de análise avançada para extrair insights dos dados e reiniciar a abordagem de planejamento e análise financeira (FP&A) para criar recursos de planejamento de cenários mais ágeis. Isso provavelmente exigirá um repensar da carreira das pessoas de finanças para ajudar talentos preparados para o futuro e fornecer as habilidades necessárias.
A pressão vem de uma série de stakeholders para que as empresas forneçam relatórios ambientais, sociais e de governança (ESG) confiáveis e transparentes. A pesquisa mostra que os CFOs reconhecem claramente que o contexto estratégico mudou fundamentalmente: 80% dos entrevistados no Brasil disseram ter visto uma aceleração na transição do capitalismo de acionistas para o capitalismo de múltiplos stakeholders e fornecer valor de longo prazo para acionistas, clientes, funcionários e comunidades (em comparação com 71% globalmente). E, ainda, 85% dos entrevistados no Brasil disseram ter visto uma aceleração na transição do relatório financeiro tradicional para um modelo de relatório aprimorado que engloba relatórios financeiros e ESG/outros não financeiros (em comparação com 74% globalmente). Por último, 93% dos entrevistados no Brasil disseram ter visto uma aceleração na necessidade de mostrar que estão impulsionando a sustentabilidade ambiental e garantindo que a nossa estratégia pós-pandemia contribua para as metas ambientais de longo prazo (em comparação com 76% globalmente).
Leia o artigo original em EY