O ano de 2020 foi marcado pela covid-19 e as transformações que ela trouxe, com destaque para a aceleração da digitalização para realizar ações de forma remota. As instituições financeiras, que já vinham adotando o digital, se viram obrigadas a apertar o passo para suportar seus clientes e seus funcionários trabalhando de casa.
Adrián Sánchez, diretor de Compliance e Crimes Financeiros para a América Latina e Caribe da LexisNexis Risk Solutions, apontou que esse cenário também trouxe novos desafios para os bancos, que agora precisam adaptar suas estratégias de compliance para lidar com crimes de fraudes financeiras e lavagem de dinheiro.
Para ele, esta é uma tarefa sem precedentes, já que as instituições bancárias ainda precisam lidar com o aumento no número de transações online, novos dispositivos e usuários digitais crescem diariamente, o que dificulta o processo de identificação e mitigação de riscos. “A nova dinâmica exige que o processo de identificação do cliente seja mais ágil e sem a tradicional presença física da pessoa na agência bancária, bem como sem requerer os inúmeros documentos necessários para os processos de validação de correntistas”, lembra.
De acordo com Sánchez, serão necessárias duas medidas para garantir o compliance destas empresas. A primeira é alocar um orçamento para este fim. “O panorama de combate à lavagem de dinheiro é cada vez mais complexo devido a requisitos de normas rigorosas, requerimentos de programas de sanções, processadores de pagamentos, provedores de pagamentos não-bancarizados e, agora, uma pandemia global”, explica Sánchez. Uma pesquisa da LexisNexis Risk Solutions revelou que os custos anuais de compliance para os bancos na América Latina totalizaram US$ 5,95 bilhões em 2020.
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